quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Existe uma dor em mim. Essa dor não me deixa sereno, calmo.
Sempre esperando ou desejando algo -inquieto- . No mundo há sangue, vermelho.
Vermelho como minhas lembranças. Vermelho como meus sonhos. Vermelho como meu futuro.
Futuro?
Medo.
Não o vejo. Por quê?
Não consigo explicar mais nada.
Nunca tente me entender, só eu consigo ser assim.
O louco normal. Não procure passado, futuro ou qualquer explicação para mim.
Nunca será completo.
Dor.
Talvez tudo será normal daqui pra frente.
Os loucos são felizes?
Por favor, me diga que sim.
Eu queria ser forte e mais egoísta.
Paulo Cardoso

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

"... tenho uma coisa apertada aqui no meu peito, um sufoco, uma sede, um peso, não me venha com essas história de atraiçoamos-todos-os-nossos-ideais, nunca tive porra de ideal nenhum, só queria era salvar a minha, veja só que coisa mais individualista elitista, capitalista, só queria ser feliz, cara."


Caio Fernando Abreu














Do que falo?



,todos sempre falam de minha "liberdade". Longe do desejo de ser do mundo, que todos têm, essa é minha máscara mais falsa.
O que mais existe em minha volta são correntes;
Acorrentado.
Não sou tudo isso, uma falsa liberdade é mais opressora que uma prisão perpétua.
É tudo cinza.
E me indago sobre a natureza das setas que me mostram vários caminhos, onde nunca sei onde chegarei.
Essa é minha sina.
Escrever pela metade, parar na metade. O que contesta a intensidade dos meus verdadeiros sentimentos.
Nada dará em nada.
Talvez fugindo encontrarei uma resposta, uma liberdade que supere os gritos de admiração. Pois às vezes parece que eu sou todo mundo e carrego comigo apenas as desgraças daqueles que consigo ler os pensamentos.
É tudo tão cinza.
Ser intenso e verdadeiro custa muito caro. Busco minhas loucuras para que um dia eu faça e escreva algo claro.
paro,
Paulo Cardoso