quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Existe uma dor em mim. Essa dor não me deixa sereno, calmo.
Sempre esperando ou desejando algo -inquieto- . No mundo há sangue, vermelho.
Vermelho como minhas lembranças. Vermelho como meus sonhos. Vermelho como meu futuro.
Futuro?
Medo.
Não o vejo. Por quê?
Não consigo explicar mais nada.
Nunca tente me entender, só eu consigo ser assim.
O louco normal. Não procure passado, futuro ou qualquer explicação para mim.
Nunca será completo.
Dor.
Talvez tudo será normal daqui pra frente.
Os loucos são felizes?
Por favor, me diga que sim.
Eu queria ser forte e mais egoísta.
Paulo Cardoso

4 comentários:

  1. Paulinho, seu texto é muito verdadeiro. Expressa com clareza o que vc sente. A simplicidade ajuda a torná-lo ainda mais bonito!
    Gostei!!
    Abraços!

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  2. Quanta verdade, solta cuidadosamente, grande Paulinho!
    É interessante, como parece que estavas no meu estado introspectivo quando escrevesses, pois tuas palavras descrevem basicamente como estou nesse Janeiro de esperanças e medos.
    Parece surreal, mas sinto como se as minhas angústiase pensamentos silenciosos tivessem sido arracandos e postados aqui.
    Curto e doce, simples e fantástico!
    Continue!

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  3. 'Mas louco é quem me diz, e não é feliz.. Não é feliz'.

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  4. você é das companhias loucas a que eu mais poderia gostar, é do tipo de loucos que apelidamos de 'reticências', que nunca vai acabar, nunca vai ser previsível ou finita.

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