quarta-feira, 14 de julho de 2010

Huum...

Liberdade, em filosofia, designa de uma maneira negativa, a ausência de submissão, de servidão e de determinação, isto é, ela qualifica a independência do ser humano. De maneira positiva, liberdade é a autonomia e a espontaneidade de um sujeito racional. Isto é, ela qualifica e constitui a condição dos comportamentos humanos voluntários.
Não se trata de um conceito abstrato. É necessário observar que filósofos como Sartre e Schopenhauer buscam, em seus escritos, atribuir esta qualidade ao ser humano livre. Não se trata de uma separação entre a liberdade e o homem, mas sim de uma sinergia entre ambos para a auto-afirmação do Ego e sua existência. E na equação entre Liberdade e Vontade, observa-se que o querer ser livre torna-se a força-motriz e, paradoxicamente, o instrumento para a liberação do homem
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(Wikipédia)

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Estripado 1

Corri, corri muito. Cumadre Passira, Marta, nena, Luzia, Luiza, neide. Nenhuma tinha o visto. Ontem acabei sua roupa nova, será que ele não gostou? Esse menino é minha vida, meu Deus.

Rua do posto, prefeitura, delegacia, praça. Toda a cidade. Ele chorou quando viu a o conjunto xadrez, será que foi de tristeza? Esse menino é tudo que tenho, Santa Maria.

Pai nosso, Ave Maria, Santo anjo, credo... Salve Rainha!! Ele não está aqui. Menino quer ser moderno, televisão estraga, pensa que tudo aquilo é realidade. Onde ele se meteu? O circo!!

Onde está o circo? O circo se foi. Já foi? Não me resta dúvidas, o circo se foi levando meu filho. E os pedaços do xadrez, taparão os buracos da lona.
Paulo Cardoso

domingo, 29 de março de 2009


Meio que evito falar de mim. A gente nunca sabe na verdade o que somos, até porque minutos são suficientes para mudarmos nossos conceitos, olharmos a vida de outro modo, por outro ângulo. Mas hoje, a grosso modo, posso dizer poucas coisas de mim, situações que já vivi, sentimentos que serão eternos, mesmo que um dia, longe ou perto, eu os veja com outros olhos. Até hoje me permiti viver momentos fortes, intensos, com a certeza que eles seriam necessários. É estranho saber que precisamos sentir a dor. Se apaixonar, por exemplo, é profundamente necessário se pensamos em um dia amar alguém. Paixão é uma doença, nos maltrata até chegarmos a um limite, e às vezes nem sabemos a força do nosso coração. E quando passa (ela sempre passa) descobrimos que vamos muito mais longe do que pensávamos e aquela pessoa, cheia de defeitos, é humana. Apaixonar-se nos leva a entender os defeitos do outro. O difícil mesmo é encontrar as respostas para as inúmeras perguntas do meu coração, pois descobri que nossos pais não as têm. Elas são pessoais e intransferíveis, têm a ver com nossa trajetória, nossas buscas, escolhas. Nem adianta procurar “o dono da verdade” pois ele traz consigo uma bem sucedida vida ou amargas frustrações escondidas nos livros, estudos e teorias. Compreendi que a religião é necessária a uma pessoa até certo ponto, quando estudamos e buscamos a racionalidade da vida, ela torna-se hipócrita pois passamos a ver as coisas sujas, encobertas pelo alienante sentido de querer ser “a voz da verdade”. Sabendo disto, aprendemos a fazer o bem por uma questão de ser um “ser humano”, humano. E não por medo de um castigo, ou por querer uma vida futura melhor (soa até como calculismo).
Paulo Júnior sempre prestou muita atenção nos outros, e até absorveu alguns traços de seus amigos e inúmeras características dos seus pais (o que nunca será entendido como falta de personalidade). Ele procura andar no caminho certo, e erra muito, magoou, traiu. Mas sempre tenta "desfazer" o mal que fez. Ele nunca foi uma pessoa de se admirar, não apresenta grandes talentos e até tem dúvidas sobre seu futuro, um dos seus maiores medos. Já se apaixonou loucamente. É ignorante. Paradoxalmente amável. Tenta ajudar como pode. Não vê mais a religião como ponto de partida para um futuro melhor. E existe um sentimento que, sem dúvidas, o tempo não irá mudar. A saudade.
“Pois você é o significado do amor e não tem um dia que teu sorriso não preencha meus olhos, que teu carinho não chegue a mim, que teus olhos não me consolam. Minha mãe. Meu amor”.
.. Descobri, há pouco tempo, que embora o rosto e o tamanho não demonstrem, existe um homem dentro de mim. Forte e convicto assim como um adulto resolvido. Que tem medo como qualquer ser humano. Mas que não se curva ao errado.
Paulo Cardoso

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Existe uma dor em mim. Essa dor não me deixa sereno, calmo.
Sempre esperando ou desejando algo -inquieto- . No mundo há sangue, vermelho.
Vermelho como minhas lembranças. Vermelho como meus sonhos. Vermelho como meu futuro.
Futuro?
Medo.
Não o vejo. Por quê?
Não consigo explicar mais nada.
Nunca tente me entender, só eu consigo ser assim.
O louco normal. Não procure passado, futuro ou qualquer explicação para mim.
Nunca será completo.
Dor.
Talvez tudo será normal daqui pra frente.
Os loucos são felizes?
Por favor, me diga que sim.
Eu queria ser forte e mais egoísta.
Paulo Cardoso

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

"... tenho uma coisa apertada aqui no meu peito, um sufoco, uma sede, um peso, não me venha com essas história de atraiçoamos-todos-os-nossos-ideais, nunca tive porra de ideal nenhum, só queria era salvar a minha, veja só que coisa mais individualista elitista, capitalista, só queria ser feliz, cara."


Caio Fernando Abreu














Do que falo?



,todos sempre falam de minha "liberdade". Longe do desejo de ser do mundo, que todos têm, essa é minha máscara mais falsa.
O que mais existe em minha volta são correntes;
Acorrentado.
Não sou tudo isso, uma falsa liberdade é mais opressora que uma prisão perpétua.
É tudo cinza.
E me indago sobre a natureza das setas que me mostram vários caminhos, onde nunca sei onde chegarei.
Essa é minha sina.
Escrever pela metade, parar na metade. O que contesta a intensidade dos meus verdadeiros sentimentos.
Nada dará em nada.
Talvez fugindo encontrarei uma resposta, uma liberdade que supere os gritos de admiração. Pois às vezes parece que eu sou todo mundo e carrego comigo apenas as desgraças daqueles que consigo ler os pensamentos.
É tudo tão cinza.
Ser intenso e verdadeiro custa muito caro. Busco minhas loucuras para que um dia eu faça e escreva algo claro.
paro,
Paulo Cardoso